Call to Call – Julho, 2010
O Índice do Varejo Online (VOL) – soma dos volumes de transações online de automóveis, turismo e bens de consumo (lojas virtuais e leilões para pessoa física) – conduzido trimestralmente pela E-Consulting Corp., aponta que o Comércio Eletrônico na América Latina e Caribe deve alcançar cerca de U$ 69,7 bilhões em 2011, o que representa um CAGR de 19,4% no período entre 2003 e 2011.
A análise mostra também que o Brasil é o maior mercado de comércio eletrônico, representando 45% do total, seguido de México, Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia, que juntos representam 35%, e os demais países com 10% de representatividade.
No Brasil, neste primeiro semestre de 2010, os produtos mais vendidos na categoria Bens de Consumo foram Mídias – CDs, DVDs e Games – que totalizou R$ 1,91 Bi, seguido por Saúde e Beleza, com R$ 1,88 Bi, e em terceiro lugar os Livros e Periódicos, com faturamento total de R$ 1,65 Bi. Segundo as análises, o CAGR desta mesma categoria será de 31,5% no período entre 2002 e 2012.
Outro destaque é o CAGR da sub-categoria Saúde & Beleza, com 58,6%, que segundo Daniel Domeneghetti, sócio-fundador da E-Consulting e responsável pelo Strategy Research Center, do Grupo ECC, “é fruto da combinação de redução das barreiras psicológicas da compra e também da maior participação dos consumidores de classes C e D”, explica o executivo.
Já a sub-categoria Telefonia Celular (Devices + SVAs), com 66,5% de CAGR, é o maior destaque. O levantamento mostra que as variáveis deste alto percentual são as ofertas de serviços de valor agregado via Internet, popularização das lojas de aplicativos online e aumento do número de devices com acesso a Internet.
Drivers de Crescimento
No Brasil, podemos dividir este crescimento em duas pontas:
Oferta – investimento de grandes varejistas nas operações online; implementação de estratégias multicanais; aumento da participação das pequenas empresas no e-commerce e políticas agressivas de financiamento ao E-Consumidor.
Demanda – crescimento econômico e aumento da renda média do brasileiro e emergência das Classes C e D; maior acesso a banda larga (incluindo móvel), alcançando 11,2 milhões em 2010; conveniência e comodidade associada à economia de tempo e a popularização de computadores e notebooks.
E-Consumidor em 2010:
- 49 Milhões de Usuários Domésticos (+13% sobre 2009)
- 21,1 Milhões de Não Compradores (+8% sobre 2009)
- 16,9 Milhões de Compradores Online (+27% sobre 2009)
- 34% são Compradores Únicos (ante 31% em 2009)
- Frequência de Compra = 9,6 unidades (+5% sobre 2009)
- 55% das compras são realizadas com cartão de crédito
- 32%das compras são realizadas com boleto bancário
- 86% dos consumidores se dizem satisfeitos com o comércio eletrônico
Tendências
A importância de links patrocinados está diminuindo à medida que os varejistas online vêm direcionando recursos para Programas de Fidelização, Programas de Afiliados e Novas Técnicas de Propaganda – re-targeting e cross-targeting;
A utilização das Redes Sociais como canal de Relacionamento e Conversação com consumidores, e não para vendas. Internautas têm se mostrado relutantes à abordagens comerciais em Redes Sociais;
Os devices móveis serão, cada vez mais, utilizados como meios para comparação ou aquisição online. No Reino Unido, por exemplo, 20% dos usuários de iPhone já utilizam seus aparelhos para isso. As Tecnologias de Localização geográfica também abrem oportunidades para interagir com os consumidores onde quer que estejam;
Lojas virtuais altamente segmentadas que passam de Vitrine de Produtos para ComunidadesClubes de Compras;
Blogs e pequenos sites ocuparão cada vez mais espaço no E-commerce, graças aos novos applets e widgets que facilitam as vendas online. Formas de pagamento terceirizadas facilitarão a integração destes sites com as formas de pagamento on-line, como cartões de crédito;
Em 2009 a procura por profissionais especializados já superou a oferta do mercado e em 2010 esta tendência deve ficar ainda mais evidente.
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