Quem serão os próximos unicórnios brasileiros? Quem serão os próximos unicórnios brasileiros?

Forbes Brasil / Notícia, Janeiro, 2020

O ecossistema brasileiro das startups deu as boas-vindas a 2020 em grande estilo. Logo no dia 6 de janeiro, após uma captação de US$ 175 milhões liderada pela Vulcan Capital e Andreessen Horowitz, a Loft levou sua avaliação de mercado para além do US$ 1 bilhão, tornando-se o 11º unicórnio do país.

A operação também fez da empresa de compra e venda de imóveis criada há apenas 16 meses a mais rápida a conquistar o feito. O aplicativo de transporte 99, por exemplo, só conseguiu ser alçado ao posto de unicórnio ? o primeiro do Brasil ? seis anos após sua estreia.

O fato é que as expectativas para o ano são altas. Muitos especialistas dizem que o setor vivenciou um grande amadurecimento em 2019, capaz de permitir novos modelos de negócios, e a maioria deles é unânime ao afirmar que a taxa de juros das aplicações financeiras ? a menor da história ? está obrigando os investidores a considerarem novas opções, o que pode alavancar o segmento de forma expressiva.

LEIA MAIS: Brasil já tem o primeiro unicórnio de 2020

Mas quem serão os próximos unicórnios brasileiros? FORBES conversou com 11 especialistas, que acompanham de perto este universo, para descobrir onde estão concentradas as principais apostas. Cada um deles indicou cinco ou seis nomes ? no total 31 startups foram citadas, totalizando 62 votos.

A mais votada foi a plataforma online de crédito com garantia Creditas, fundada em 2012 pelo espanhol Sergio Furio. A fintech, que já recebeu mais de R$ 1,2 bilhão em investimentos de fundos internacionais de venture capital, foi citada por 10 especialistas, o que significa que apenas um deles não aposta em sua inclusão no seleto grupo de unicórnios brasileiros. ?A empresa lidera os negócios de empréstimos digitais em um mercado em crescimento no Brasil, interessado em maneiras mais convenientes de acessar oportunidades de crédito financeiro. O Softbank é um investidor e provavelmente seguirá sendo?, disse um dos experts.

Na vice-liderança, duas startups empataram com sete indicações cada. Uma delas é a Cargo X, logtech fundada em 2013 com o objetivo de tornar as transportadoras brasileiras mais eficientes. Com crescimento de 20% ao mês, a empresa fechou 2019 com R$ 100 milhões de capital de giro investidos no mercado de transporte. ?Conhecida como o Uber do frete, já captou US$ 95 milhões junto a entidades como Blackstone e Goldman Sachs?, comentou um dos especialistas.

Com o mesmo número de indicações, a Resultados Digitais vem atraindo a atenção por ganhar escala rapidamente na América Latina. A plataforma de gerenciamento e automatização das ações de marketing digital criada em Florianópolis (SC) há uma década é utilizada por mais de 13 mil empresas só no Brasil. Em agosto de 2019, levantou R$ 200 milhões. Segundo um dos especialistas ouvidos pela FORBES, o próximo aporte já pode colocá-la no grupo dos unicórnios.

Na sequência vem o Guiabolso, empresa criada por Thiago Alvarez e Benjamin Gleason em 2012 que oferece um aplicativo para o controle das finanças pessoais usado atualmente por mais de 6 milhões de pessoas. A fintech acaba de lançar o Guiabolso Connect, um serviço que permitirá que as empresas acessem dados financeiros previamente autorizados, como renda, gastos e saldo em conta corrente, permitindo melhorar a avaliação de risco na oferta de produtos financeiros.

No encerramento do Top 5 outro empate ? e mais duas fintechs. A Conta Azul, criada há oito anos em Joinville (SC), é considerada uma das startups de gestão B2B mais inovadoras do Brasil. Ela oferece uma plataforma em nuvem de soluções de contabilidade online para pequenas e médias empresas e já recebeu mais de US$ 40 milhões em investimentos. Já o Neon, fundado na capital paulista há menos de quatro anos por Pedro Conrade, atraiu cerca de US$ 120 milhões em aportes ao oferecer serviços como conta corrente digital e cartões de crédito, débito e pré-pago.

?Assim como em boa parte dos unicórnios atuais, essas startups alavancam o nosso mercado interno gigantesco. Afinal, somos um país de 200 milhões de habitantes. Isso dá ao Brasil uma posição garantida no ranking dos unicórnios?, disse um dos participantes do levantamento. Atualmente, fazem parte do cube do bilhão, além da Loft e da 99, já citadas, Nubank, PagSeguro, Arco Educação, Gympass, Wildlife, Ebanx, Movile (iFood), Stone e Loggi.

Participaram desta reportagem os seguintes profissionais (em ordem alfabética): Alex Comninos, CEO da Founders Intelligence; Bruno Rondani, CEO do 100 Open Startups; Camilla Junqueira, CEO da Endeavor Brasil; Daniel Domeneghetti, CEO da E-Consulting Corp.; Flavio Pripas, investidor da Redpoint eventures; Fernando Birman, investidor anjo; Jorge Pacheco, fundador do STATE; José Muritiba, diretor executivo da Abstartups; Pietro Bonfiglioli, cofundador da Fisher Venture Builder; Renata Zanuto, co-head do Cubo Itaú; e Rodrigo M. Amato, CEO da Mark2Market.

Com medo de hackers, CEOs brasileiros deletam mídias sociais

Casos como a recente invasão do celular de Jeff Bezos, CEO da Amazon, reforçam o fato de que o alto escalão de grandes empresas está na mira dos hackers. Executivos estão com medo de serem as próximas vítimas, e novas atitudes para lidar com isso foram ilustradas em um estudo anual da consultoria PwC, o ?CEO Survey?, que falou com mais de 1.600 executivos de diversos países, incluindo o Brasil.

Segundo o estudo, o risco de ataques cibernéticos está no topo das preocupações dos CEOs de grandes empresas, e muitos já mudaram seu uso pessoal de tecnologia para tentar minimizar tais possibilidades. O levantamento aponta que 48% dos executivos consultados já deletaram seus perfis de mídias sociais, pararam de usar aplicativos como assistentes virtuais ou já pediram para empresas deletarem algum de seus registros pessoais online.

B2Mamy atrai marcas para apoiar programa de aceleração

A aceleradora de mães empreendedoras B2Mamy recebeu o apoio das marcas Huggies e Connect Car para realizar a 7ª edição de seu programa dedicado a startups em fase inicial. Realizado em parceria com o Google for Startups São Paulo, o Pulse oferece 10 vagas para empresas early stage desenvolvendo ideias de base tecnológica, mesmo sem protótipo. As startups precisam ter um ou mais sócios em sua composição, com ao menos um deles dedicado ao projeto em tempo integral.

Além da aceleração, as empresas ficarão incubadas por quatro meses na Casa B2Mamy para as rodadas de mentoria, networking e investimento. As inscrições para o programa estão abertas até 7 de fevereiro. A B2Mamy já acelerou mais de 170 empresas e capacitou mais de 7.000 mulheres. Juntas, as iniciativas que foram desenvolvidas no Pulse já faturaram mais de R$ 4 milhões.

****

Vitória ganha serviço de Tuk-Tuk da Uber

A partir de hoje (29), usuários do serviço da Uber em Vitória, no Espírito Santo, poderão escolher fazer suas viagens em Tuk-Tuk. Segundo a empresa de compartilhamento de transporte, a modalidade será a mais econômica da plataforma para viajar na região litorânea da capital capixaba. Desenvolvida em parceria com a especialista em aluguel de veículos Movida, a iniciativa foi implementada nesta época do ano justamente em função do aumento do movimento.

Com capacidade para levar até dois passageiros por viagem, os veículos foram emplacados e seguem a legislação de trânsito brasileira. Também já está aberto o cadastro para pessoas interessadas em gerar renda dirigindo um veículo do tipo em Vitória e Vila Velha.

Compartilhe este artigo

Newsletter

Junte-se a mais de 150.000 gerentes de marketing que recebem nossos melhores insights, estratégias e dicas de mídia social diretamente em sua caixa de entrada.