IDG NOW!, Agosto, 2011
Segundo o Índice de Varejo Online da empresa E-Consulting, houve crescimento de 19,1% em relação a 2010; turismo foi o setor que mais cresceu.
O varejo online brasileiro movimentou 15,9 bilhões de reais no primeiro semestre de 2011, com crescimento de 19,1% em relação ao mesmo período de 2010, de acordo com o Índice do Varejo Online (VOL) divulgado esta semana pela empresa E-Consulting.
O número difere do divulgado em 16 de agosto pela consultoria e-bit porque o VOL inclui no total, além do e-commerce de bens de consumo, as transações do setor de automóveis (carros, motos e peças) e de turismo.
“A e-bit mede fundamentalmente o e-commerce de bens de consumo. Além disso, as metodologias são diferentes”, explica o sócio-fundador da E-Consulting, Daniel Domeneghetti.
A e-bit contabilizou um movimento de 8,4 bilhões de reais no comércio eletrônico brasileiro no primeiro semestre de 2011 e, para o ano, espera que o e-commerce local fature 18,7 bilhões de reais.
Já segundo o VOL o setor de bens de consumo deverá movimentar, em 2011, cerca de 13,1 bilhões de reais.
Turismo em alta
Os setores de Turismo e Bens de Consumo foram os que mais cresceram no primeiro semestre, com índices de 29% e 20,9%, respectivamente. Mas as transações ligadas ao setor de automóveis, que cresceram 10,9%, puxaram a média para baixo.
Segundo o estudo, pelo menos em crescimento as vendas de bens de consumo em lojas online deverão superar as das lojas tradicionais. A estimativa é que essa categoria movimente em 2011 aproximadamente 13,1 bilhões de reais, ou 20,2% mais que em 2010.
Turismo, por sua vez, foi o setor de maior crescimento em 2010 (33%), movimentando 6 bilhões de reais. A projeção de crescimento para 2011 é de 22%, o que resultaria num movimento de 7,3 bilhões de reais para o ano.
O setor de autos, por sua vez, deverá movimentar 9,7 bilhões de reais em 2011. Os três setores combinados responderão, de acordo com as projeções, por um movimento de 30,1 bilhões até o fim do ano.
Entre os fatores que poderão colaborar para o resultado estão a consolidação das operações online de grandes varejistas, o crescimento dos sites de compras coletivas e os investimentos em publicidade online no Brasil. Caso o número seja confirmado, o crescimento em relação a 2010 terá atingido 15%.
E-consumidor
Os números do estudo apontam ainda que o consumidor online, ou e-consumidor, fechou mais compras no primeiro semestre de 2011 que no mesmo período do ano passado, com crescimento de 5% na comparação entre os semestres.
O cartão de crédito foi a forma de pagamento preferida por 56% dos consumidores, mas o índice de uso de boleto bancário ainda é alto (31%).
Pelas contas da E-Consulting, os usuários domésticos de Internet somam 73,3 milhões, sendo que 22,4 milhões são compradores online.
Fonte: IDG NOW!