BrandPress – Março, 2014
Disseminação das práticas de financiamento ao consumo online e multicanalidade são alguns dos fatores que alavancarão o comércio na web neste ano. Segundo estudo, os bens de consumo serão os principais impulsionadores do crescimento
De acordo com o levantamento da E-Consulting, boutique de estratégia e projetos líder em criação, desenvolvimento e implementação de serviços profissionais em Web, TI, Telecom, Contact Center, Multicanais e Novas Mídias para 44 das 100 maiores empresas do País, o Índice do Varejo Online (VOL) – soma trimestral dos volumes de transações online de automóveis, bens de consumo e turismo através de lojas virtuais – mostra que o comércio eletrônico no Brasil deve movimentar cerca de R$ 53,1 bilhões em 2014, registrando um crescimento de 22, 63% em relação ao ano anterior. Um dos fatores que impulsionou os números do e-commerce brasileiro foi a consolidação das operações online de grandes varejistas.
O estudo revela que, entre as três categorias que compõem o índice, o bens de consumo é a classe mais promissora, representando em 49,7% do varejo online. A previsão para este ano de crescimento é de 34,64%, saindo de um volume de R$ 19,6 bilhões para R$ 26,4 bilhões. Umas das razões para o destaque deste boom é a aquisição de produtos mais caros e a disseminação das práticas de financiamento ao consumo online feitas por grande parte das operações de e-commerce. Outros fatores que alavancaram esse mercado são a integração dos modelos de varejos online com outros canais, inclusive offline, a chamada multicanalidade, e a expansão do social commerce.
Já a categoria turismo online, que contempla 25,6% da fatia do VOL 2014, elevará em 19,30% neste ano, partindo de R$ 11,4 bilhões para 13,6 bilhões. O destaque fica por conta do aumento do poder aquisitivo das classes C e D, programas de estímulo ao turismo interno no Brasil por parte do Governo Federal, além do crescimento do volume de viagens de negócios. Sem contar o movimento previsto para a Copa do Mundo.
Por fim, está o segmento de automóveis, que envolve transações de carros, motos e peças. Para a categoria, com participação de 24,7%, estima-se uma expansão de 6,5%. Elementos como maturidade e forte crescimento nos últimos anos são vistos como as causas consequentes para o setor apresentar uma evolução menos expressiva se comparada às demais subcategorias. O volume parte de R$ 12,3 bilhões para R$ 13,1 bilhões.
“Com a facilidade de acesso ao crédito sendo uma realidade no mercado de e-commerce, o número de consumidores online deve aumentar em 19% neste ano, representando 44 milhões de e-consumidores. Já o volume de internautas no Brasil foi um dos que cresceu mais rapidamente em todo o mundo tendo um incremento de 14,12%, o que contabiliza para um total de 97 milhões de pessoas acessando as redes”, prevê Daniel Domeneghetti, sócio-fundador da E-Consulting.
O estudo também aponta que São Paulo ainda é o estado que tem a maior participação de internautas, com 32%. Logo atrás vem Rio de Janeiro (14%), Minas Gerais (9%), Paraná (7,5%), Rio Grande do Sul(7,2%) e Santa Catarina (5,1%). Mesmo com a queda prevista do tiquet médio em 2014, que vai de R$ 322 registrando em 2013 para R$ 320, o varejo online ainda cresce quatro vezes mais rápido que o offline.
Medido há dez anos, o cálculo do VOL, inclui em sua soma a potencialização do e-commerce B2C (do inglês, Business to Consumer) nas modalidades tradicional, mobile-commerce, social commerce e compras coletivas, além do C2C ( do inglês, Consumer to Consumer).