A utilização do elemento convergente como alavanca de diferenciação e vantagem competitiva é a principal tendência que direciona a estratégia atual das empresas e de suas áreas de Tecnologia da Comunicação e Informação (TICs).
Direcionar a convergência digital (ferramentas, ambientes, funcionalides, devices, redes, soluções etc) para a convergência de negócios é o principal desafio, esteja a inovação convergente relacionada ao core business da empresa ou não – ou seja, alinhada à sua missão, objetivos, produtos e serviços ou com impacto restrito à otimização de seus processos corporativos, às atividades de gestão, aos meios e veículos de comunicação interna, etc – adotar as novas tecnologias e práticas convergentes se torna cada vez mais uma prerrogativa e um habilitador competitivo.
Na última década houve um aumento exponencial de conteúdos disponíveis em formato digital. Atualmente, quase a totalidade da produção musical e de cinema, programas televisivos e vídeo é produzida e distribuída em meios digitais. Revistas e jornais são produzidos em meios digitais antes de serem impressos. No meio cientifico, trabalhos como dissertações e relatórios técnicos são disseminados em meios eletrônicos.
A codificação digital das fontes de informações é um dos pilares para percepção de valor da convergência. Dizer que o aumento de conteúdos disponíveis em formatos digitais foi uma revolução que ocorreu de forma silenciosa e constante nos últimos 20 anos, atingindo quase a totalidade das formas e meios de produção cultural e científica, não seria um exagero.
Quando transferimos este mesmo raciocínio para o mundo corporativo percebemos o quanto aquém está a formalização e disseminação de forma estruturada do conhecimento e inteligência corporativa. A implementação de processos de Gestão do Conhecimento, Inteligência Competitiva, CRM, BI, etc é apenas a ponta do iceberg da excelência e diferenciação.
Fomentar estas e outras práticas e disciplinas relacionadas através das pelas tecnologias convergentes é o desafio principal, principalmente para a área de TI.
Como exemplo, trazer o potencial de geração de novas oportunidades de negócio e de conhecimento da Web 2.0 para a malha corporativa de trocas, relações e relacionamentos corporativos se mostra uma tendência inevitável no curto e médio prazo, ainda mais com a perspectiva de tempos de crise. Segundo estudo da E-Consulting de 2008, 11% das corporações já usam as redes sociais para vender seus produtos no Brasil.
Para 2009, estimamos que este número cresça para perto de 25%. Reflexo do poder das redes sociais e comunidades e de novas práticas viabilizadas por ambientes como Orkut, MySpace, Facebook e MSN.
Implementar a convergência esbarra, em primeira instância, em questões tecnológicas de ordem sistêmica e de arquitetura.
A convergência, em oposição aos modelos verticais de sistemas e soluções, deve estar lastreada em infra-estruturas integradas de larga escala que permitam o roteamento da massa de dados, informações e conteúdos convergentes produzidos por seus usuários, bem como a integração dos serviços corporativos em uma plataforma acessível através de qualquer device. Falar é fácil, modelar e implementar tais soluções, considerando o parque tecnológico instalado e a natureza dos legados, nem tanto, dada a disrupção que os novos modelos tecnológicos trazem.