Recentemente, chamou a atenção o relatório Communications Market publicado pela agência regulatória do Reino Unido Ofcom. A 7ª edição do relatório contém informações e análises sobre os mercados de TV a Cabo, Banda Larga e Telefonia Fixa e Móvel.
Acreditamos que a monitorar mercados maduros é um exercício importante para prever como se dará a evolução do emergente mercado brasileiro. Sendo assim, nesse artigo buscaremos contextualizar alguns dos highlights desse relatório à realidade brasileira. Todos os dados britânicos são de 2009.
PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DO MERCADO DE COMUNICAÇÃO |
Reino Unido |
Brasil |
- O gasto das famílias com serviços de comunicação (TV paga, telefone e Internet) recuou pelo 3º ano seguido e alcançou cerca de £91,24 em 2009 (4,4% dos gastos familiares).
- Em média, metade do período no qual os britânicos estão acordados é gasta utilizando algum tipo de serviço de comunicação. As pessoas gastam cerca de 7h47min por dia consumindo diferentes tipos de comunicação.
- Cerca de 2/5 do tempo que os consumidores gastam no computador é alocado para comunicar-se com outras pessoas. Naturalmente que essa distribuição é diferente entre as diversas faixas etárias.
- Com exceção do hábito de assistir TV, é muito comum a utilização de dois aparelhos distintos de comunicação ao mesmo tempo, em especial celular e computador.
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- Ao contrário do Reino Unido, estimativas da TeleBrasil em 2009 mostram que no Brasil o setor cresceu 0,8% (R$179,9 bi) em receita e 12,7% em número de assinantes (174 milhões de acessos) em razão do crescimento da Internet de Alta Velocidade e da TV por Assinatura.
- A maturidade, capilaridade e alcance dos serviços de Telecom no Reino Unido é maior do que no Brasil. Logo, apesar da ausência de estimativas confiáveis para o Brasil, é possível supor que o tempo gasto utilizando serviços de Telecom no Brasil ainda é inferior, embora com tendência de crescimento.
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TRIPLE PLAY |
Reino Unido |
Brasil |
- Cerca de 50% dos consumidores britânicos compram dois ou mais de seus serviços de comunicação de um único fornecedor. Há 5 anos, esse número era de 35%.
- 70% desses consumidores alegam que a consolidação das compras em um único fornecedor resulta em serviços mais baratos. Cerca de 50% também defendem que lidar com um único fornecedor é mais conveniente.
- Consumidores triple play são mais fiéis. Apenas 3% dos consumidores de serviços consolidados triple play trocaram de fornecedor em 2009, enquanto que 11% dos consumidores individuais o fizeram.
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- As taxas de adoção do serviço de triple play no Brasil ainda são irrisórias e existem várias razões para isso.
- Inicialmente, apenas 8% dos municípios brasileiros têm acesso a serviços de TV paga.
- Pesquisa da Anatel em 2008 apontou que os pacotes triple play chegam a ser 3x mais caros que em países de 1º mundo, além de ofertar velocidade muito inferior.
- Além disso, a TV por assinatura no Brasil é uma das mais caras do mundo (cerca de R$1,82 por canal).
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