Banda Larga – Mais que um Desejo, uma Necessidade

A utilização da Internet em alta velocidade vem apresentando um crescimento gradativo nos últimos anos, porém ainda sem conseguir imprimir seu ritmo mais significativo, que possibilite sua massificação no curto prazo.

Segundo últimos estudos da E-Consulting, cerca de 21% dos domicílios no Brasil têm internet rápida, com projeções de se atingir 47% em 2015. Ainda muito pouco para as ambições e oportunidades derivadas desta modalidade acesso à Web.

Dentre as principais vantagens e benefícios que a utilização desta modalidade de acesso possui podemos citar sua importância em esforços de inclusão social, promoção da cidadania através do acesso irrestrito à informação e construção de uma sociedade mais justa e competitiva.

Governos (nas 3 instâncias), operadoras de telefonia e Internet e fabricantes buscam equacionar variáveis e estruturar um planejamento voltado à implementação e disseminação de redes de banda larga em grande extensão.

Os principais empecilhos para a sua adoção residem em fatores de ordem econômica e de infra-estrutura. Os custos para a contratação dos serviços de banda larga ainda são restritivos para a grande maioria da população brasileira e a inexistência de cabeamento em regiões mais afastadas dos centros urbanos restringem o acesso a uma conexão via banda larga fixa para boa parte dos municípios do país.

Entretanto, podemos observar que as tendências globais mostram um aumento no uso da Internet móvel, com o aperfeiçoamento da tecnologia 3G. Para um país com dimensões continentais como o Brasil, o acesso wireless via modem ou aparelhos celulares constitui-se em uma importante alternativa a ser considerada.

A utilização dessa modalidade de conexão tem potencial para suprir a demanda de usuários que buscam acesso à Internet e que não têm infra-estrutura ou cabeamento disponível nas regiões onde vivem ou trabalham.

Com o crescente avanço tecnológico proporcionado pelas redes 3G de alta velocidade e aparelhos com usabilidade condizentes com os objetivos e características convergentes da Web, amplos segmentos da população – que normalmente não teriam acesso à banda larga – acabam por ser incluídos no contexto digital.

Excetuando-se os fatores e aspectos tecnológicos, outros players da cadeia possuem papel fundamental para a massificação da Internet banda larga no Brasil, como os provedores de serviços online e os incentivos governamentais alinhados às políticas públicas para extensão da banda larga a toda sociedade.

Para que a meta do governo federal de incluir 68% dos domicílios, em 2014, possa ser cumprida, o executivo pretende oferecer pacotes de banda larga com preços até 70% menores que os praticados atualmente, seja através de parcerias com Operadoras, seja através de empresas governamentais. A atual querela com a questão da revitalização da Telebrás e da rede da Eletronet parece ser um problema político suficientemente importante para o chamado go-no-go desta empreitada do governo.

Estamos diante de uma grande oportunidade e um grande desafio. A massificação da banda larga no Brasil dará um outro tom de cidadania, acesso, consumo e educação à população do país.

Aliás, de nada adianta se trabalhar a infra-estrutura hard do país, se o grande beneficiário, usuário e colaborador do desenvolvimento da nação – o cidadão – ficar alijado do processo. Por isso, os esforços e direcionamentos devem ser alinhados às demandas da sociedade brasileira, assim como às principais tendências e aos movimentos estratégicos globais. Banda larga para todos é o caminho mais curto para a equiparação da educação entre as classes. Mas não é o único caminho.

Uma sociedade conectada é uma sociedade melhor informada e participativa, que se comunica, interage, trabalha e consome, e, que contribui para o avanço do país.

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