CIO, Agosto, 2018
A consultoria E-Consulting realizou um estudo para saber como está o grau de Transformação Digital das principais empresas com negócios no mercado de bens de consumo do Brasil. O intuito da análise, realizada com as 50 maiores companhias, foi apontar as organizações mais avançadas e consolidadas em suas estratégias de transformação digital para a realidade de seu modelo de negócio. O estudo também aponta as mais percebidas atualmente por seu esforço nessa jornada.
De acordo com o levantamento, a Ambev é a empresa que mais entrega elementos de transformação digital em sua operação e o seu modelo de negócio.
Numa escala de 0 a 5, construída a partir de diversos critérios que materializam o processo de competitividade a partir da Transformação Digital, tanto dentro da organização (que envolve sistemas de gestão, investimentos em TI, metodologias avançadas, organização produtiva e plataformas), quanto fora (a partir da avaliação de seus diferentes stakeholders, como clientes e consumidores), a Ambev conquistou nota 3,88 por fortalecer aspectos de sua atuação em marketplaces B2B, inclusão de conceitos de Internet das Coisas em sua linha de produção, desenho de ofertas e serviços nativos digitais com foco na melhor jornada de compra do consumidor e inovação colaborativa.
Além da Ambev, a lista traz a seguintes companhias no ranking: Unilever (3,63); Natura (3,50); O Boticário (3,13) e BRF (3,13). Segundo Daniel Domeneghetti, CEO da E-Consulting e responsável pelo estudo “Régua da Transformação Digital no Setor de Bens de Consumo”, do qual este recorte faz parte, é a partir do uso de elementos digitais no seu core business que estas empresas vão conseguir se adaptar e prosperar na Era Digital como forma de sobreviver e continuar produzindo riqueza para seus acionistas e clientes ao longo do tempo. Saiba mais: Três formas através das quais a cultura corporativa pode sabotar a inovação
Para o executivo o setor de bens de consumo irá evoluir cada vez mais para um modelo de atuação próximo ao varejo, com ações voltadas para o branding experiencial, o relacionamento com cliente que ele conhece e, por decorrência, vendas mais contextualizadas e personalizadas.
“A importância da pesquisa para o segmento está em conhecer o cliente, que historicamente está nas mãos do varejo tradicional, suas experiências, seus produtos e serviços nativos digitais, usando as novas tecnologias e suas possibilidades informacionais e relacionais como forma de potencializar o seu modelo de negócio, de forma que as empresas fiquem mais presentes e próximas de seus consumidores”, diz Domeneghetti.