Na medida em que a Tecnologia da Informação tornou-se a principal construtora e mantenedora das principais vias de tráfego de dados e informações corporativas, muito em função de aumentar rapidamente sua presença e importância nos ambientes e plataformas transacionais e de relacionamento das empresas, entendemos que o uso correto, estratégico e eficiente da Tecnologia da Informação impacta diretamente o sucesso ou fracasso destas empresas nos mais diversos setores.
Dentre os setores da economia que fazem uso mais intensivo da Tecnologia da Informação está o setor bancário/financeiro, justificado pelo alto volume de dados e transações com a necessidade de velocidade no processamento, alta escala de armazenamento e máxima segurança em seus sistemas nos mais diversos processos, operações, canais e ambientes potencializas pela TI.
Dentre os principais fatores e variáveis que afetam diretamente os resultados das empresas deste setor podemos destacar o imperativo do intenso e contínuo investimento em Tecnologia da Informação, a fim de atender a uma demanda que se caracteriza, fundamentalmente, por um relacionamento intenso e volumoso para com clientes (PF e PJ), funcionários e demais stekeholders, que pressionam por serviços eficientes, ágeis, seguros, interativos, de fácil acesso e ótima usabilidade.
De acordo com o estudo Brazil Financial Insights Investment, realizado pela IDC Brasil com 33 bancos e 29 seguradoras, 54% das 62 empresas têm certeza ou claras intenções de que vão ampliar os investimentos em TI em 2011 em relação a 2010. Os que afirmam que vão manter o mesmo volume aplicado neste ano representam 42% do total. Já os que disseram que vão gastar menos foram 3%. Segundo estudo desenvolvido pela E-Consulting Corp, o setor financeiro deve ser responsável por perto de R$ 17 bilhões do total de investimento em TI no ano de 2010, e 62% das 100 maiores empresas do setor aumentará o budget para TI em 2011, incluindo aquisições e operações/manutenção.
Uma vez que a Tecnologia da Informação pode ser considerada uma área “meio” (para empresas que não vendem serviços de TI ou correlatos), seu principal papel é o de contribuir para que todas as demais áreas da empresa (sejam elas de negócio, relacionamento com clientes ou mesmo as administrativas e de suporte a operação) possam atingir seus resultados de forma eficiente, aumentando assim consideravelmente seus índices de performance e produtividade.
Neste sentido, a contribuição da Tecnologia da Informação vem agregando valor e competitividade às empresas do setor financeiro na medida em que viabilizam novos canais eletrônicos e digitais de atendimento, inclusive o auto-atendimento (por exemplo, o Internet Banking obteve um crescimento de 255% entre 2003 e 2009), relacionamento, vendas e serviços, automatizando processos internos, provendo níveis de segurança cada vez mais elevados, disponibilizando conhecimento acerca do mercado e seus clientes com sistemas analíticos de CRM ou mesmo utilizando-se do poder de processamento de visões que os sistemas de Business Intelligence proporcionam.
Via de regra, o retorno proporcionado pelos investimentos em Tecnologia da Informação recaem sobre critérios quantitativos e qualitativos, a saber: redução de custos operacionais, otimização de processos, eliminação de redundâncias e trabalhos repetitivos, maior agilidade na obtenção de informações, redução do time to market, maior controle gerencial, incremento do trabalho colaborativo, satisfação dos clientes, criação de vantagens competitivas e diferenciação percebida por clientes e demais stakeholders, assim como valorização da marca e inovação.
Vale ressaltar que apesar dos benefícios serem de conhecimento da grande maioria dos executivos do setor, percebe-se, ainda, muito em função da velocidade e representatividade que os aspectos tecnológicos assumiram nos últimos anos, que os investimentos em TI são, em grande parte, contabilizados como um gasto ou investimento necessário sem que exista uma correlação direta ou mesmo indireta com os benefícios e resultados gerados. Esta situação leva a alguns impactos que tendem a ser o fiel da balança no que tange a priorização e definição de investimentos, assim como em relação à percepção de valor, de fato, agregado ao negócio pela TI.
Sem dúvida as tendências apontam para um “Banco do Futuro” que seja multicanal, multiplataforma, 24X7, personalizado, customizável, seguro, interativo e intuitivo. Tais atributos irão ditar a percepção de valor do mais importante stakeholder de qualquer empresa – o cliente – e somente pela contribuição ativa, integrada e eficaz da Tecnologia da Informação é que será possível entregar tal oferta.
Para saber sobre Valoração do Ativo TI e conhecer a Metodologia ITVM (IT Value Management)