Os novos modelos e formas de negócio surgidos a partir da evolução e massificação do uso da Internet como ambiente e plataforma para a realização de negócios trazem consigo novas oportunidades derivadas de características e particularidades específicas do meio, tais como interatividade, comunicação on-time-anywhere-multilateral, meios de pagamento digitais, processos logísticos integrados, dentre outras.
Neste contexto, o atual consumidor 2.0, habitante do mundo digital, possui um arsenal de informações, canais de comunicação e ferramentas de simulação, busca e comparação que o possibilitam obter subsídios mais qualificados e realistas sobre características de produtos e serviços, como diferenciais técnicos, performance, satisfação e opiniões de outros consumidores/usuários, variância de preços e prazos de entrega.
Consultar, pesquisar, avaliar opções e buscar ofertas são atividades que fazem parte do processo natural de compra. A agilidade que as ferramentas de busca e Sites de comparação de preços proporcionaram a este processo vão de encontro ao imenso volume de dados e informações que a internet disponibiliza.
Atualmente, quase 50% dos consumidores já foram influenciados a comprar algum produto devido à publicidade na Internet, de acordo com recente pesquisa realizada pelo CAEPM (Centro Avançado de Estudos e Pesquisas da ESPM), em parceria com o Ibope Media. Ainda, segundo outra pesquisa denominada Media Democracy, realizada pela Deloitte nos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido e Brasil, o internauta brasileiro gasta, em média, por semana, 17 horas assistindo TV e cerca de 30 horas navegando na Web. Desta forma, o canal Web se torna cada vez mais relevante tanto para os e-consumidores quanto para as empresas varejistas que investem cada vez mais em estratégias de comunicação, relacionamento e exposição de seus produtos e/ou serviços.
Pesquisa sobre E-Commerce, realizada pelo IBOPE, mostrou que 38% dos indivíduos que acessam a Internet costumam utilizá-la para pesquisar preços. Dentre estes, 75% são da classe AB e 48% declaram que o último item comprado foi adquirido pela Internet. Pesquisa similar da E-Consulting do primeiro trimestre deste ano aponta crescimento nas vendas pela internet, de acordo com o índice VOL – Varejo Online – publicado trimestralmente pela companhia desde 2002, da ordem de 24% para 2010, frente a 2009.
É fato que o ambiente digital proporciona oportunidades de criação de diferenciais competitivos e/ou de reforço destes, sejam eles de posicionamento, de produtos, de qualidade, de relacionamento 24X7, de privacidade, conforto e interatividade multicanal, ou mais internos, de gestão das empresas, como controle, custos transacionais reduzidos (preços mais competitivos).
Na medida em que as barreiras geográficas nada mais são do que abstrações no mundo virtual, o acesso a produtos ou serviços antes localizados e restritos a regiões geográficas de influência e atuação dos varejistas tradicionais agora se oferecem acessíveis, comparáveis e multi-avaliados em simples cliques.
A conveniência, comodidade e facilidade de se comprar pela Internet vem se solidificando ano a ano, deixando de ser discurso para se tornarem fato percebido e mensurado.
Diversos fatores têm contribuído para a crescente confiança do consumidor no processo de compra online, tais como a evolução das plataformas tecnológicas, provendo maior facilidade de navegação, a presença sólida de grandes e reconhecidas marcas, as soluções de pagamento digitais confiáveis e as empresas logísticas que realizam a entrega dos produtos comprados no local indicado com maior consistência.
Independentemente do canal escolhido pelo cliente, as empresas devem estar preparadas para atendê-los, proporcionando qualidade no relacionamento, experiências únicas e vantagens exclusivas como formas de diferenciação. Sem dúvida alguma o E-Commerce, quando bem estruturado e gerido, pode ser um canal de vendas e relacionamento essencial para um consumidor cada vez mais digital.