A Convergência e a Inovação no Centro da Diferenciação Competitiva

A utilização do elemento convergente como alavanca de diferenciação e vantagem competitiva é a principal tendência que direciona a estratégia atual de inovação das empresas em seus modelos de negócio e atuação.

Direcionar a convergência digital (ferramentas, ambientes, funcionalidades, devices, redes, soluções etc) para a convergência de negócios é o principal desafio, esteja a inovação convergente relacionada ao core business da empresa ou não – ou seja, alinhada à sua missão, objetivos, produtos e serviços ou com impacto restrito à otimização de seus processos corporativos, às atividades de gestão, aos meios e veículos de comunicação interna, etc. Assim, adotar as novas tecnologias e práticas convergentes se torna cada vez mais uma prerrogativa para a inovação consistente.

Inovação, por sua vez. é ativo de valor essencial para a estratégia de qualquer organização, uma vez que representa a fonte principal da diferenciação necessária para sua sobrevivência tanto no curto quanto no longo prazo

Ou seja, a Inovação é ativo estratégico e essencialmente de longo prazo, pois o processo de combinação e/ou quebra de paradigmas e paradoxos – no padrão da antiga dialética grega tese, antítese e síntese – demanda muitos esforços (tanto de inspiração quanto de transpiração) para se consolidar em uma nova, única e, em alguns casos, revolucionária proposição.

Nesse ponto, é relevante destacar que a sobrevivência do hoje (curto prazo) é decorrência dos investimentos em Inovação realizados no passado.

A convergência com todo e qualquer equipamento eletronicamente habilitado (eletricamente habilitado, para ser mais preciso) é necessária. Mas antes de ser necessária, ela é inexorável, pelo simples motivo de que a Internet/Web/Redes, em sua função Digital, é uma expressão da própria essência conectada do ser humano em seus papéis de indivíduos, clientes, consumidores, funcionários, acionistas, cidadãos, etc, seja esta conexão:

  • Interna… aos seus valores, princípios, crenças, ideais, desejos, necessidades, percepções, sonhos, interesses, enfim, todas as expressões derivadas da individualidade e
  • Externa… para compartilhar tais expressões com seus semelhantes e colaborar criativamente para a concepção de novas propostas, tendências e movimentos para assim, co-construir o futuro.

Tal ciclo – indivíduo para a coletividade, coletividade para o indivíduo – tem sua velocidade determinada pelo grau de facilidade (e ausência de ruído) que a conexão propicia. Na prática – nos equipamentos que permitem tal conexão, mais especificamente nas suas características e funcionalidades.

Assim como na física, é necessário ter os elementos certos para gerar o impacto desejado. E a equação para o sucesso na convergência é simples: garantir que as funcionalidades que estiverem disponíveis, através dos equipamentos, sejam aquelas que atendem (ou mais bem atendem) as necessidades, interesses e finalidades de um determinado indivíduo, em um determinado momento.

Quanto mais assertiva esta equação, maiores as possibilidades o indivíduo terá (e maiores as possibilidades de sucesso e perpetuidade que um novo equipamento ou tecnologia terá no mercado).

Hoje, quando se pensa em convergência, essencialmente a Mobilidade Digital e seu impacto em todo e qualquer sistema econômico, social e ambiental vem à pauta. A capacidade de inovação, transformação e revolução que a aplicação da função de mobilidade à convergência é tão significante que pode ser comparada à invenção do rádio, televisão, satélites.

Implementar a inovação convergente (seja através da mobilidade digital ou de outra função semelhante) esbarra, em primeira instância, em questões tecnológicas de ordem sistêmica e de arquitetura, mas também em sua finalidade, aplicação e usabilidade.

A convergência, em oposição aos modelos verticais de sistemas e soluções, deve estar lastreada em infra-estruturas integradas de larga escala que permitam o roteamento da massa de dados, informações e conteúdos convergentes produzidos por seus usuários, bem como a integração dos serviços corporativos em uma plataforma acessível através de qualquer device.

Falar é fácil, modelar e implementar tais soluções, considerando o parque tecnológico instalado e a natureza dos legados, nem tanto, dada a disrupção que os novos modelos tecnológicos podem trazer.

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