O desenvolvimento acelerado das tecnologias convergentes tendo como palco principal a Internet trouxe impactos significativos nos meios de comunicação e formas de relacionamento. As formas e canais tradicionalmente utilizados estão gradativamente convergindo para um mesmo ambiente.
Os canais eram tipicamente destinados a vídeo e voz, do relacionamento oral, escrito, ao pessoal, presencial. Da mesma forma, a publicidade e a comunicação, que outrora possuíam formas e formatos específicos para determinados canais, agora, e, cada vez mais, têm praticamente todas as variações de formas, formatos e finalidades num só ambiente, a Web, com uma só categoria de mídia – a multimídia – e com o relacionamento como ingrediente principal desta nova maneira de interagir, vender e se comunicar.
Não restam dúvidas acerca da veracidade e atualidade do fenômeno chamado Convergência, ou seja, o movimento para um ponto comum ou de junção para um foco ou ainda a união de interesses comuns.
O crescimento do uso dos meios digitais para os seus mais diversos fins fez surgir novos elos nas cadeias de valor dos mercados, pois não somente as formas de comunicação, interação e relacionamento mudaram, mas setores e indústrias inteiras foram afetadas (como música, mídia, educação, conhecimento, entretenimento, meios de pagamento, varejo, etc), impactando diretamente suas atividades, produtos, serviços e modelos de negócio.
No passado recente tivemos o surgimento com incrível padrão de adoção e crescimento das chamadas redes sociais multimídia, como Youtube, My Space e Facebook, assim como ferramentas colaborativas como Twitter, Blogs e YouTube.
Esse fenômeno chega com toda força ao mundo corporativa e praticamente obriga as empresas a se manifestarem e estarem presentes onde seus consumidores e demais agentes de relacionamento estão, interagindo intermitentemente – de forma transparente – das mais variadas formas (o que certamente essas empresas não estão acostumadas ou sequer têm interesse em fazer).
A propaganda e a publicidade, essencialmente calcadas no objetivo de influenciar decisões com base na percepção gerada, passam a ter que pensar sistematicamente em meios digitais e sua integração com as formas tradicionais de comunicação.
E isso quer dizer aprofundamento, opinião, debate, contextualização, comparação, emoção X razão… ou seja, muito mais que a simples intenção de motivar e influenciar para a preferência de consumo.
As tecnologias digitais estão quebrando a barreira dos PCs e invadindo todo o resto a nossa volta. A Web está cada vez mais presente em praticamente tudo o que fazemos, seja para conseguir uma informação, para acessar um serviço, para falar ao telefone etc.
A rede está praticamente invisível, permeando nossas vidas de forma tão sublime quanto importante, trazendo a tira-colo mudanças significativas na maneira como realizamos e percebemos nosso entorno.
Particularmente o varejo, como sendo a ponta da cadeia de valor mais intimamente ligada ao consumidor final, vem gradativamente sendo impactado pelas mídias digitais em todos os aspectos, sejam elas relacionadas a seus cliente e consumidores, fornecedores ou até mesmo processos internos.
As novas formas de midias digitais estão redefinindo a maneira como se transmite informações e se interage com sua audiência, seu público-alvo, agora redefinido como indivíduo+grupo+rede de relacionamentos.
As experiências de consumo, de persuasão e interação estão e irão continuar sofrendo grandes alterações. Os níveis de percepção de serviços e comunicação multimídia, por parte dos clientes e consumidores, ainda são demandados de forma “passiva”, para a maioria das empresas; porém são percebidos e comparados de forma ativa.
O que isso quer dizer? Oportunidade com alguma chance de aprimoramento, uma vez que este modelo maduro ainda não se constitui numa exigência sine-qua-non dos diversos agentes de relacionamento da empresa – um critério qualificador, mas sim um diferenciador valorizado.
Uma loja de cimento e tijolos, por mais bonita e mais bem localizada que seja não é mais garantia de sucesso. É preciso sobretudo saber encantar e levar a loja aonde as pessoas estiverem, usando internet, televendas, porta-a-porta, visitas pessoais e diversas outras alternativas, sem desprezar nenhuma das mídias, nem mesmo a loja, é claro.
A loja ainda é a galinha de ovos de ouro que alimenta a todas as demais alternativas de venda. Quem ficar parado esperando os clientes encastelado em quatro paredes estará fazendo o bolo ao gosto do confeiteiro, e não dos convidados. E o mercado cobra muito caro de quem desrespeita as suas leis. As estatísticas do Sebrae comprovam isso com sobra de dados.