IT Forum, Agosto, 2018
Análise da E-Consulting indica que bancos ainda seguem na vanguarda quando o assunto é propagar a cultura digital no modelo de negócio
A consultoria nacional E-Consulting Corp. analisou as cem maiores instituições financeiras registradas no Banco Central para saber quais estão mais avançadas e consolidadas em trazerem conceitos e práticas de Transformação Digital em seus modelos de negócio.
O Bradesco foi considerado a organização que mais tem implementado evidências e elementos ligados à Transformação Digital por conta de suas relevantes incursões no mundo virtual, em especial, com o banco digital Next e com o projeto Habitat, espaço de coinovação criado para apoiar projetos de inovação bancária com todo seu Ecossistema de Negócios e mais de 100 startups.
O estudo concluiu também que o atributo digital ainda é mais associado à marca Itaú, enquanto o Santander é a organização que tem evoluído mais rapidamente na implantação de serviços e diferenciais digitais a seus clientes.
Análise
Para chegar neste resultado, a consultoria se debruçou em instrumentos como cliente oculto, enquetes on-line, inteligência competitiva, análise de mídias sociais, premiações, posições em rankings do setor, além de entrevistas com executivos dos bancos e com clientes, além de parceiros tecnológicos. As notas foram construídas com base em diversos critérios que materializam o processo de competitividade a partir da transformação digital.
Numa escala de 0 a 5, o Bradesco conquistou nota 4,5 por fortalecer aspectos de sua atuação como plataforma digital, o que inclui o desenho de ofertas e serviços nativos digitais, aplicativos integrados, visão única do cliente e inovação colaborativa. Constam da lista das cinco mais digitais a Caixa + Youse (4,2); o Itaú-Unibanco + Cubo (4,1); o Banco do Brasil (4,0) e o Santander (3,9).
Segundo Daniel Domeneghetti, CEO da E-Consulting e responsável pelo estudo “Régua da Transformação Digital no Setor Financeiro”, o estudo confirma o vanguardismo das cinco maiores operações bancárias do Brasil quando o assunto é propagar cultura digital em seus processos mesmo diante de um cenário de forte avanço das fintechs. Domenghetti acredita que os bancos sobrevivem a todas as transformações devido ao tamanho de suas operações e por conta da agressividade em antecipar movimentos.
“Principalmente agora com a corrida para atender os novos consumidores e à digitalização interna necessária para manter a curva ascendente da nova economia, que envolve tendências como Open Banking, IOT, Blockchain, CX, Big Data/Analytics e novos canais digitais, incluindo o varejo e as agências”, finaliza.