O setor de beleza vem demonstrando boas expectativas para os negócios durante a 17ª edição da HAIR BRASIL – Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética, que acontece entre 14 e 17 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo. Um dos conceitos que podem justificar esse aquecimento tem base no indicador conhecido como Índice do Batom, criado em 2001 pelo presidente da Estée Lauder, Leonard Lauder, que se baseia na estatística de que as vendas de cosméticos sobem em razão proporcional à queda do poder de compra dos consumidores.
Em janeiro e fevereiro deste ano, o setor obteve um superávit comercial de US$ 9,6 milhões e espera para 2018 superar o crescimento de 2,75% registrado no ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Para a retomada do segmento, que até 2015 registrava crescimento acima do PIB e dos demais setores da indústria, as empresas participantes da HAIR BRASIL apostam no potencial de seus lançamentos e nas oportunidades de negócios que a feira proporciona.
Apesar dos desafios da economia brasileira, em vez dos consumidores comprarem um artigo de maior custo, refugiam-se em produtos mais acessível, como batons, esmaltes e outros produtos de beleza, avalia Jeferson Santos, diretor geral da Hair Brasil. “Esse é um fenômeno que atinge especialmente as mulheres, permitindo que elas desfrutem da sensação de bem-estar e administrem com maior facilidade uma possível perda de autoestima. A incerteza financeira não impede a mulher de investir em pequenos prazeres como cuidar semanalmente das unhas, cabelos ou comprar um novo cosmético”, analisa.
Atualmente, o Brasil é o quarto maior consumidor de produtos de beleza e higiene pessoal em todo mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Japão e China. No ano passado, o segmento de Beleza e Bem-Estar ocupou a terceira posição entre as maiores franquias em 2017, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising), permanecendo atrás apenas do setor de alimentação e serviços educacionais. O pulo, de 12% para 16% em relação ao ano anterior, revela o quanto as mulheres não abrem mão da estética e os homens estão aderindo cada vez mais aos tratamentos de beleza. De acordo com o Sebrae, cerca de 70% dos brasileiros afirmam que os gastos com beleza são uma necessidade.
Itens de beleza são os mais comprados pela internet
O e-commerce brasileiro deverá faturar R$ 77,5 bilhões em 2018, um aumento de 20,9% em relação ao ano passado, que fechou arrecadando R$ 64,1 bilhões. De acordo com a empresa E-Consulting, as cifras superam as expectativas da consultoria, que há 14 anos elabora a apuração dos dados.
Segundo a consultoria, a previsão é que os itens de beleza e saúde sejam os mais comprados do período, tendo chances de alcançar um volume de pedidos que representaria, aproximadamente, 22% do montante previsto de transações no e-commerce. Moda e acessórios vem em segundo lugar com um volume de 18%.
*Dados de acordo com levantamentos feitos pelo Serviço de Proteção ao Crédito em conjunto com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).